Tendências da Literatura Juvenil Brasileira Contemporânea

Para inicio de conversa

Assim como todas as formas de arte, a configuração textual da literatura infantojuvenil brasileira vem acompanhando as complexidades das relações humanas e das transformações sociais que se deram ao longo do tempo. 

Desde que os primeiros textos passaram a ser escritos para as crianças brasileiras, no século XIX, inicialmente com adaptações de clássicos estrangeiros, as inovações foram sendo incorporadas a esses textos, tendo como divisor de água Monteiro Lobato (1882-1948). Isso porque, conforme aponta diferentes pesquisas acadêmicas, esse escritor rompe com padrões anteriores, trazendo a linguagem e as necessidades da criança para os seus textos, por meio de uma representação mais condizente com a realidade do mundo infantil e juvenil. 

Na atualidade, pensando especificamente na literatura juvenil, estudos como o realizado por Gabriela Luft (2019), revelam que há nessa produção grande preocupação, por parte de seus autores, em oferecer aos adolescentes e jovens modelos de representação literária do mundo, a partir do trabalho estético com a palavra/linguagem. Tal inovação está materializada na renovação dos padrões literários existentes; nas inovações temáticas; na caracterização do narrador e das personagens; no aumento da complexidade narrativa; na quebra da linearidade; nas relações intertextuais com os clássicos; na exigência de uma leitura mais participativa por parte do leitor, entre outras tantas características que marcam o amadurecimento dessa literatura, em razão, em especial, de novos autores e da varideade de temáticas trabalhadas. 

Isso posto, este blog tem como objetivo apresentar algumas das narrativas que fazem parte da literatura juvenil contemporânea por meio de resenhas, as quais foram produzidas por acadêmicos (as) da 1ª série dos cursos de Letras Português/Inglês e Português/Espanhol, da Universidade Estadual do Norte do Paraná, no componente curricular Literatura Infantojuvenil, ministrada pela professora Valdirene Barboza de Araújo Batista.

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